Ordem é atenção redobrada para evitar os criadouros do Aedes aegypti

Anônimo
04/02/2016 - 14:36 - atualizado em 21/03/2018 - 14:59

Mosquito que transmite dengue, zika vírus e as febres amarela e chikungunya precisa de água limpa e parada para se proliferar

Foi-se o tempo em que a dengue era o grande motivo de preocupação com o Aedes aegypti. Na última segunda-feira, 1º de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de emergência sanitária mundial por conta da ameaça do zika vírus, que também é transmito por aquele mosquito. O principal motivo da medida é a provável ligação entre o vírus e a microcefalia, doença em franca expansão no Brasil e que pode provocar malformações congênitas nos fetos das gestantes picadas pelos insetos infectados. Desde 2015, já são quase 3.500 os casos suspeitos e 300 os confirmados em bebês brasileiros.

Para tentar conter a proliferação do Aedes, desde janeiro o governo federal está mobilizando uma verdadeira força-tarefa com a participação de agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e de militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea. A missão das equipes é visitar todas as residências do país e reduzir o índice de infestação pelo mosquito dos atuais 3% para menos de 1% em todos os municípios brasileiros.

O descarte correto de resíduos, especialmente materiais recicláveis como pneus e tudo o mais que possa armazenar água, é um dos principais cuidados para se “cortar o mal pela raiz”, pois o Aedes aegypti prolifera-se dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa: vasos de plantas, pneus velhos, cisternas.

Com relação às mulheres grávidas, o Ministério da Saúde recomenda que se protejam da exposição ao mosquito, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usando calça e camisa de manga comprida, bem como repelentes permitidos para gestantes. Vale lembrar que, além da dengue e do zika vírus, o Aedes aegypti também pode transmitir as febres chikungunya e amarela – para a qual existe vacina.

 

Confira, abaixo, dicas para a eliminação dos criadouros:

- Mantenha a caixa d'água sempre fechada com tampa adequada;

- Remova as folhas, galhos e tudo o que impeça a água de correr pelas calhas;

- Não deixe água da chuva acumulada sobre a laje;

- Lave, semanalmente, por dentro, com escova e sabão, os tanques usados para armazenar água;

- Mantenha bem tampados os tonéis e barris de água;

- Encha de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de plantas;

- Troque a água e lave os vasos de plantas aquáticas, principalmente por dentro, com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana;

- Guarde latas garrafas sem tampa com a boca voltada para baixo;

- Entregue pneus velhos ao Serviço de Limpeza Urbana. Se quiser guardá-los, faça em local coberto e abrigado da chuva;

- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada;

- Não jogue lixo em terrenos baldios;

- Use telas protetoras para evitar que os mosquitos entrem na casa;

- Cuidado com as piscinas, cuja água deve ser tratada com cloro e outros desinfetantes, e cobertas com lona quando não estiverem em uso;

- Jogue, quinzenalmente, desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.

 

Veja, nos links a seguir, duas matérias exibidas pela TV Universitária e que fazem parte da campanha institucional “A UFU e você, JUNTOS, na luta contra o mosquito”:

Metas contra dengue em Uberlândia

Focos do Aedes aegypti em construções 

 

Com informações dos portais Brasil e do Ministério do Meio Ambiente

Matéria redigida por Hermom Dourado.