Universidade passa a contar com carro híbrido

Anônimo
21/12/2017 - 10:24 - atualizado em 21/03/2018 - 14:59

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) assinou uma parceria com a concessionária Futura Veículos para avaliação de um automóvel Toyota Prius híbrido. O carro foi fornecido, em regime de comodato, sem ônus para a instituição. Trata-se do primeiro passo para a renovação e modernização da frota da UFU, levando em conta também a consciência ambiental.

"O Prius já está rodando a serviço da universidade. Este é um projeto criado pela Prefe [Prefeitura Universitária] e pela Diretoria de Logística, com o envolvimento dos colegas Flávio Martins de Freitas e do arquiteto Joel Fernandes, nosso gestor ambiental", informa o prefeito universitário, professor João Jorge Ribeiro Damasceno.

Este modelo da Toyota possui dois motores: um 1.8 VVT-i à gasolina que gera 98 cv de potência e 14,2 kgfm de torque e um propulsor elétrico que gera 72 cv e 16,6 kgfm. A potência combinada estimada entre os dois motores é de 123 cv. "Ele foi escolhido para testes na UFU por representar um grande avanço tecnológico e também porque foi considerado pela avaliação do Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro como o carro mais econômico do Brasil", explica Freitas.

Os representantes da universidade acrescentam que o objetivo do convênio com a Futura Veículos é avaliar a performance de um veículo híbrido tanto em relação à economia de combustível quanto aos custos de manutenção, bem como contribuir para a diminuição  das emissões de gases do efeito estufa emitidos em processos de combustão nos motores dos automóveis, sobretudo o gás carbônico.

Preocupação mundial

Os principais gases emitidos pelos automóveis são: monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, metano, benzeno, aldeídos, dióxido de carbono e material particulado, como fuligem, poeira e fumaça.

Em todo o planeta, o movimento para diminuir os gases do efeito estufa se acelerou e a cada ano as exigências aumentam para o controle e redução das emissões desses gases. Mesmo assim, os automóveis convencionais mais modernos emitem 118 gramas de poluentes por quilômetro rodado. Eis aqui mais uma vantagem do Toyota Prius Híbrido: ele emite apenas 68 gramas/km.

Por outro lado, não há incentivos tributários por parte dos governos estaduais e federal em cortes de taxas como IPI, IPVA e ICMS. Caso esta medida ocorresse, o preço dos híbridos seria similar ao dos modelos à combustão. Sem IPI e ICMS, o Toyota Prius custaria o mesmo que um Corolla, por exemplo.

Atualmente, 30% do custo do veículo híbrido está nas suas baterias. Com o aumento da produção desses modelos, a tendência é que esta porcentagem caia para 20% ou até 15%, barateando o preço final.

A Toyota anunciou que, a partir de 2020, toda a linha Corolla vai ter mecânica híbrida, igual à do Prius. A Ford e a Chevrolet também anunciam novos modelos com propulsão elétrica e/ou híbrida.

A Prefeitura de São Paulo isenta os modelos híbridos do rodízio municipal e também renuncia à parcela de IPVA para híbridos, os quais pagam apenas 2%. Esta tendência deve ser seguida por outras prefeituras e governos, reduzindo o gasto com impostos e tornando os modelos à bateria mais competitivos. 

Segundo os fabricantes, a frequência e os custos de manutenção dos modelos híbridos são bem menores, acarretando em economia nas despesas e no tempo de oficina, além da garantia oferecida de 8 anos para a parte elétrica.

O consumo de combustível estimado dos modelos híbridos é muito menor que o dos similares convencionais: o Prius roda entre 23 e 27 km/l de gasolina na cidade, ante 11,5 km/l do Corolla. Para quem roda muito na zona urbana, como é o caso da frota da UFU, a economia chega a mais de 50%.

O motor elétrico não emite ruído nem vibração, tornando o veículo muito mais confortável e silencioso, além de ter arrancada e retomada melhores que os convencionais. Isso proporciona uma melhor dirigibilidade.

Atualmente, um Prius demoraria cerca de 5 anos para recuperar o valor pago a mais pelo híbrido em relação ao Corolla. Com a redução do preço de compra e a adoção de incentivos fiscais, tal prazo tende a ser fortemente reduzido ou até eliminado. A compra de um modelo movido à eletricidade será equivalente à troca de lâmpadas incandescentes por outras de LED: gasta-se mais inicialmente para economizar em custos de manutenção, gerando grande economia a médio prazo.

Com o crescimento da frota de híbridos e elétricos, a poluição nos centros urbanos tende a diminuir gradualmente. A rápida evolução tecnológica poderá reduzir os gases tóxicos em mais de 80% nos próximos 20 anos nas cidades brasileiras. Podemos deixar de despejar milhares de toneladas de poluentes na atmosfera com esses cuidados, além de tornar a caríssima estrutura de custos de manutenção dos automóveis no Brasil mais favorável ao cidadão.

 

Texto : Hermom Dourado 

Fotos: Milton Santos 

Matéria original: http://comunica.ufu.br/noticia/2017/12/universidade-passa-contar-com-car...