UFU e a Coleta Seletiva Solidária

A Universidade Federal de Uberlândia conta com o apoio de associações e cooperativas de catadores de material reciclável para o manejo sustentável dos resíduos sólidos
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18/10/2019 - 11:43 - atualizado em 18/10/2019 - 11:43

A Coleta Seletiva Solidária atende ao Decreto n° 5.940/06, que demanda a separação dos resíduos sólidos recicláveis das instituições públicas federais, que por sua vez devem se vincular à associações e cooperativas de catadores em uma proposta que visa o desenvolvimento sustentável das comunidades. O programa atende a uma responsabilidade social e ambiental, visando promover o desenvolvimento sustentável das instituições e cooperativas.

 

O processo na UFU teve início em setembro de 2012 com a ampla divulgação do programa para as associações e cooperativas, e aquelas que correspondessem aos pré-requisitos necessários para a parceria poderiam se vincular à universidade para a coleta e recebimento pelo serviço. Algumas das exigências para o vínculo com a universidade são: serem grupos de baixa renda, com lucro dividido igualmente entre todos os integrantes, posse de documentos como Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), um membro "líder" eleito em assembléia, galpão com espaço suficiente para armazenamento do material recolhido entre outros. 

 

Júlio César Costa, gestor ambiental na Unidade de Gerenciamento de Resíduos da UFU conta que a faculdade foi a primeira no país a exercer um sistema de pagamento aos serviços prestados por estas organizações, sendo parceiras da instituição duas associações e uma cooperativa: Associação dos Catadores e Recicladores do bairro Taiaman (ASSOTAIAMAN), Associação dos Catadores e Recicladores de Uberlândia (ACRU) e Cooperativa de Recicladores de Uberlândia (CORU). Costa afirma ainda que o pagamento para as organizações corresponde ao peso recolhido de material por associação e cooperativa, sendo estipulado o valor de 0,347 por kilograma de material reciclável coletado, a cada semana de resíduos coletados são tiradas fotos com os materiais e seu peso na balança, sendo feita a soma do peso total coleto no final de cada mês.

 

Os catadores atuam nos campi Santa Mônica, Umuarama, Educação Física e Glória de forma rotativa, com período de rotação de seis em seis meses. Esse fator se dá pelo valor de cada material que é coletado, afirma Christyan Farias operador de estação d'água e esgoto, visto que alguns materiais são mais rentáveis que outros - provenientes da gráfica, por exemplo, apresentam maior reembolso para os catadores - e possuem maior volume em determinados campi.

 

Para os catadores, "o vínculo com a UFU é muito bom", afirma Marcos Donizeti Ferreira, representante da CORU, que conta também que a universidade acaba "facilitando" o processo realizado por eles por já empilhar todo o lixo a ser coletado nos containers, e por pagar pelo serviço realizado, o que por sua vez acaba auxiliando na vida das famílias que trabalham com a separação dos resíduos sólidos.