A Universidade Federal de Uberlândia desenvolve uma parceria com cooperativas para realizar a coleta seletiva nos campi da cidade. Em esforços conjuntos da Prefeitura Universitária e da Diretoria de Compras e Licitações, foram credenciadas duas organizações, a ACRU (Associação de Catadores e Recicladores e Uberlândia) e a CORU (Cooperativa de Recicladores de Uberlândia). Essa iniciativa faz parte do Projeto Gestão de resíduos sólidos, implantado pela Diretoria de Sustentabilidade Ambiental, que tem como um de seus propósitos, separar e reciclar os resíduos produzidos no espaço acadêmico.

    A UFU utiliza um sistema de descarte dividido em resíduos secos e úmidos. As cooperativas são responsáveis pelo recolhimento e triagem dos resíduos secos, que envolvem latas de refrigerante, garrafas pet, copos descartáveis, canudinhos, folhas de papel, envelopes, jornais, revistas, panfletos, garrafas e potes de vidro. Com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos, essa relação tem a finalidade de implantar as ações do Governo Federal voltadas ao apoio à organização produtiva dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica e a expansão da coleta seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem.

    O Centro de Incubação de Empreendimentos Populares Solidários da Universidade Federal de Uberlândia (Cieps) auxilia a DIRSU na realização da Economia Solidária com as cooperativas.  Essa é uma maneira de produção, consumo e distribuição de riqueza centrada na valorização do ser humano e não do capital. Tem base cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida.

     Ana Paula Martins, bolsista de psicologia e membro da equipe psicossócio-jurídica da Incubadora, explica como essa perspectiva auxilia as organizações. "Esse conceito tem caráter multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável".

Texto: Letícia França (Estagiária de Graduação)