Sustentabilidade em casa, no trabalho e na universidade

Anônimo
07/08/2013 - 16:59 - atualizado em 21/03/2018 - 14:59

UFU investe em ações sustentáveis, construções que preservam meio ambiente e formação consciente. Você já deve ter reparado que a UFU está com diversos blocos recém-inaugurados, sem mencionar os vários outros que estão em construção. Esses novos prédios têm diferentes atribuições, mas uma mesma função, melhorar a estrutura da universidade. É importante ressaltar que a instituição tem investido em um novo tipo de obra, são as chamadas edificações verdes que visam proteger e conservar o meio ambiente, de uma maneira sustentável.

De acordo com a arquiteta responsável por algumas construções da UFU, Leonor Maria Tavolucci, a sustentabilidade é uma questão primordial nos projetos da universidade. Apesar de deixarem os custos das obras mais dispendiosos, essas novas alternativas trazem um retorno econômico muito rápido após o término da construção.

O bloco 8C no campus Umuarama, inaugurado em 2012, foi o projeto pioneiro para vários recursos sustentáveis agora já implantados em outros novos prédios da UFU. O telhado verde, as chaminés de ventilação e a captação de água pluvial ajudam a diminuir os gastos com energia e água, além de promoverem a preservação do meio ambiente, que é o foco principal dessa tão discutida sustentabilidade.

Sustentabilidade é uma palavra que tem aparecido bastante na mídia, mas saber em que realmente este conceito se aplica e o que ele pode gerar para a vida das pessoas, ainda não está muito claro para a maioria. Na universidade, disciplinas que envolvem o tema são ministradas em vários cursos de graduação.

A professora da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design, Juliana Cardoso, afirma que o mais importante é despertar uma consciência nos alunos sobre a importância de atitudes sustentáveis não só na vida profissional, como na vida cotidiana. Para isso a professora explica que esse conceito simplista que aparece na mídia não é suficiente para educar a população.

Segundo Juliana é preciso que a sustentabilidade seja inserida no dia-a-dia do aluno, por isso o primeiro passo da disciplina Sustentabilidade Social e Ambiental do Design é a conscientização do aluno quanto à importância e atualidade deste tema. Já para o profissional do design, a professora diz que a sustentabilidade é um ciclo que começa na escolha da matéria prima. Depois o designer deve atentar para o processo de produção, se preocupando com a logística de transporte deste até o consumidor final e depois o descarte futuro do produto. É observando todas essas fases que um profissional da área pode ter atitudes menos invasivas ao meio ambiente e desenvolver uma postura mais conservacionistas dos recursos naturais.

A aluna do 4º ano do curso de Design, Camila Gonçalves, já cursou a disciplina e confirma a importância desta para o seu futuro profissional. “O tema é importante porque nos mostra meios de se fazer algo de forma que venha a criar menos impacto no ambiente”. Já o aluno do 3º ano de Arquitetura e Urbanismo, Edmundo Neto, diz que o estudo de disciplinas relacionadas a este tópico são importantes não só para a sua carreira acadêmica, como para a sociedade. “Na arquitetura estudamos para fazer bons projetos para a sociedade, e bons projetos englobam ações sustentáveis, que irão gerar economia e conforto ambiental à população”.

A UFU como instituição geradora de conhecimentos tem papel importante na difusão das ações sustentáveis. Empregar essas atitudes em seus novos blocos já é um primeiro passo para uma educação mais consciente dos futuros profissionais. Mas é importante salientar que essa consciência não deve estar relacionada aos cursos que desenvolvem construções civis apenas, pois todos causamos impactos diretos no meio ambiente. “Hoje se fala e debate muito sobre o conceito e poucas ações são realizadas. Todas as disciplinas podem ao seu modo contribuir, sem dúvidas. E nada melhor do que a universidade para disseminar uma temática tão importante” conclui Juliana.

 

Repórter convidada: Taís Bittencourt

Texto publicado no jornal laboratório Senso in Comum

Fotos: Taís Bittencourt e Letícia França